terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Zé Carijé abre o jogo" é duro receber tapinha no peito e ouvir piadinha de dirigente "

O zagueiro, Zé Carijé, que já disputou 13 intermunicipais, chegou em 4 finais e ganhou 3 vezes, os três primeiros títulos de Coité, com uma carreira brilhante  é respeitado em todos os lugares que apresenta seu futebol. Já disputou os mais importantes campeonatos da Bahia, a exemplo de Jacobina, Ribeiro do Pombal, Cachoeira, Valença, Valente e outros campeonatos. Já passou no profissionalismo, um período muito curto, que foi de 2001 e 2002.





A equipe do Esporte Sisal fez uma entrevista com o capitão Zé Carijé e teve revelações inéditas, confira:

Como tudo começou?
Eu trabalhava e jogava  na quadra o futebol de salão  e  ai foi chamado a bater uns babas na Jaqueira, mas nessa época já tinha jogado no time de Bia Descansador, e Carimbó e la na Jaqueira surgiu uma proposta de  Tony e Silva de mim levar para São Paulo tentar algum time por lá, foi eu e Sandro Bel, não deu certo,  quando voltei a seleção estava começando os preparativos para o intermunicipal e Dinho que era o presidente da Liga de Coité e  mim convidou para completar o grupo, isso em 98.

Você foi convidado para completa o grupo e logo veio a titularidade.
É fiquei treinando, as vezes dava vontade de desistir por que era treino físico demais e na semana da estréia Nem Mole se machucou e mim escreveram na sexta e no domingo em Santa Luz eu fui para o banco, a zaga era Cheba e Sergio, mas o time perdeu de 5X0 ai tem que arrumar um culpado e no jogo seguinte eu já entrei com Sergio, no terceiro jogo foi e Cheba e depois Nem Mole se recuperou e formou adupla de zaga comigo e foi ai que aparecir.

Zé Carijé você não acha que o preparo físico da seleção coiteense era desagrado?
Era desageradissimo, eu pensei varias vezes em desistir, a gente treinava na areia da prefeitura e era duro mesmo, muitos jogadores desistiram por causa da parte física, hoje a gente treina 30 a 40% do que treinava antigamente.

Em 2005 quando Coité ganhou o 1º titulo vários jogadores foram cogitados par o profissionalismo inclusive você, o vitoria teve interesse em você.
É o Vitoria teve interesse em mim e Peu e nós fomos, mas chegando lá conversamos com Sinval Vieira e ele disse que iria assinar um contrato, mas iria emprestar a gente  para o Fluminense de Feira, ai eu perguntei e quem vai mim pagar é o Vitória ou o Fluminense, ele disse o fluminense ai falei que não dava certo e não tinha interesse, mas Peu aceitou e foi para o Fluminense, Colo Colo e depois foi para Sergipe e depois voltou e fez revessão.
E hoje vale a pena se profissionalizar?
Hoje não faz medo ninguém se profissionalizar, ai Moreno está no Jacuipense junto com Givaldo jogaram o ano todo e ganharam seu dinheirinho, antigamente você jogava o baiano e ficava o restante do ano parado, hoje não, no segundo semestre tem a taça governador do estado, tem a segunda divisão joga o ano todo.

Já disputou campeonatos fora da Bahia?
Já disputei um campeonato no Ceará em Parambu, na verdade o campeonato era o Tauaensse de Taua é uma cidade vizinha o campeonato era um regional, conhecemos um desportista em Santo Antonio de Jesus do Ceará e ele levou a gente pra la, vamos até inaugurar o estádio de Parambu este ano.

Este ano o intermunicipal já tem alguma proposta?
Olha propostas existem, já temos alguns contatos tanto para ser jogador como treinador, mas eu estou com o pensamento de ainda jogar esse ano, até por que fiz tive um ano (2012) muito bom, as contusões foram poucas e  para esse ano vou como atleta já que estão qurendo que eu jogue (riso), depois eu vou ver o que faço, mas as propostas existem, tem Santo Amaro, Santo Antonio de Jesus, tem algumas conversas ai com cidades no sul que não gostaria de revelar agora, mas existe as propostas.

Então isso significa que, se Deus permitir, Zé CArijé está confirmado no intermunicipal de 2013?
É como treinador ou como jogador estarei sim.

Em 2004 você foi atuar em Campo Formoso e por ironia do destino vocês tiraram Coité e no jogo da eliminação você desabafou, por quê?
Eu sempre fui um cara de personalidade forte, sempre falei o que pensei, tenho coragem de arcar com as consequência. Na época tinha feito uma cirugia no joelho  e muita gente achava que eu não iria jogar mais bola. Ai veio uma das minhas maiores decepções no futebol, saiu a convocação de Coité, 30 nomes e o meu ficou de fora, ali eu vi que não consideração, já tinha jogado em 98, 99, 2000, vice do intermunicipal, campeão do Sisal da Copa Bahia e até hoje eu penso que por mais que estivesse me recuperando eles podiam mim dar uma oportunidade, se não tivesse condições mim cortaria, mas nem isso aconteceu e foi muito ruim pra mim.  Mas como já tinha rodado um pouco no futebol, sempre existiu proposta, e ai o treinador Goiabão mim convidou para ir para Ilhes, tinha Campo Formoso que já contava com Amaral, Crispim, com Nem de Almas e mim ligaram e acertei e fiz um ótimo campeonato ficamos em 3º lugar, permemos para Itamaraju. Ai surgiu Coité no meio do caminho e no jogo em Campo Formoso um dirigente de Coité bateu no meu peito e disse a gente ganhava no chiqueiro e que aqui iria dar uns quatro, ai quando tiramos Coité dentro do ACM dei uma entrevista a Nilton Feliz, da Rádio Sisal,  A entrevista foi exatamente assim: TEM DIRETOR QUE EM VEZ DE MEXER COM O BRIU DO SEU TIME , MEXE COM O DO ADVERSSARIO FALOU QUE CAMPO FORMOSO SÓ SABE JOGAR NO CHIQUEIRINHO, E NÓS VIEMOS AQUI NA POSSILGA E CLASSIFICAMOS. Foi editada e só passou a parte que falava: NÓS VIEMOS AQUI NA POSSILGA E CLASSIFICAMOS e esta entrevista  não passou toda, mas não mim arrependi de nada, pois é duro receber tapinha no peito e ouvir piadinha de dirigente, dizendo só ganho no chiqueirinho e por que não poderia chamar aqui de pocilga que é mais sofisticado.
Por que não jogou em 2008 em Coité?
Jogar em Coité era bom pra gente, para o ego, moralmente, para o currículo, mas financeiramente já desde 2005 a gente recebia propostas melhores de Pojuca, mas a gente ficando em Coité com o pensamento de conquistar o titulo ficava aqui. Em 2008 surgiu Araci com uma proposta irrecusável e quando eu peguei os chequei mostrei aos diretores aqui e eles falaram que era pra sair mesmo e eu não me arrependo não, por que tem hora que você tem que pensar em você não tem jeito, a gente vive exclusivamente de bola e tem que olhar o lado financeiro, mas depois de mim saíram vários outro, mas ninguém fala nada só falou de Zé Carijé por que foi o primeiro. E hoje eu pergunto, Coité esta a 3 anos sem entrar no intermunicipal e se agente estivesse aqui, quem estava dando comida as nossas famílias?

2011 – O que aconteceu no Evandro Mota naquela tarde onde Valente perdeu por 4X0 para Santa Luz?
Olha eu comecei o ano acertando com Santa Luz para o intermunicipal, eu, Amaral, Ninho estava fechado de boca Peu depois de uma conversa com , mas foi ai que apareceu a galera de Valente através do professor Carlinhos, Fiel e Marcos Adriano uma das melhores diretorias que trabalhei na minha carreira no futebol, como já tinha muita gente de Coité inclusive a comissão técnica ai nós fechamos.

E depois se arrependeu?
Não digo que me arrependi, até mesmo por quê fizemos uma ótima campanha o problema todo foi o último jogo. Nunca esqueço do dia que chegamos fomos vaiado na apresentação e aconteceu vários episódio, na verdade uma grande parte do povo de Valente não aceitava o povo de Coité na seleção de lá, tinha gente lá, dirigentes, ex-jogadores, pessoas querendo ser preparador de goleiros, outros querendo fazer parte, então o time não foi aceito desde do inicio, como a gente foi ganhando, ganhando eles ficaram com o nó na garganta, mas depois de um 4X0 para Santa Luz que foi um acidente do futebol que normal acontecer, a gente ver no profissional o Brasil perder 4 penaltis, o Bahia aplicar 3 no Vasco, ganhar do Fluminense, do Palmeiras, mas  no amador sai vários comentários. Esses comentários já existem há muito tempo, em 2010 Coité perdeu teve conversa que Marcio e João se venderam, Santa Luz ganhou da gente e perdeu a final teve conversa que jogadores se venderam, a gente perdeu para a seleção luzense teve essas conversas. A gente entende que isso vem de pessoas desenformadas, despeitada, revoltadas que se mete no meio do futebol mais para atrapalhar do que ajudar, mas vou te dizer que isso não mim diminui não, aprova tai propostas surgindo, trabalhos aparecendo e não é uma invençãozinha  de uma minoria que vai apagar a história de ninguém não.

Hoje com 36 anos, sabemos que ta chegando o tempo de parar de jogar o que Zé Carijé pretende fazer, continuar no futebol?
Olha Nei, sou muito consciente com tudo que está por volta de mim, devido ter rodado muito já joguei por toda Bahia e tenho muito conhecimento, eu mim dedico bem, treino muito e mesmo com 36 anos joguei o último intermunicipal em alto nível e é como te falei as proposta estão surgindo quando elas começarem a sumir eu vou mim tocar que é hora de parar, mas nunca mim preocupei com isso não, por que pelo meu conhecimento já arrumei propostas de emprego qe não tem nada haver com futebol e quando chegar a hora de parar posso me jogar numa dessa aie tocar minha vida, mas tenho conciencia que um dia vou parar.


Zé Carijé no profissionalismo.
Eu joguei na seleção de Itajuipe em 2001 no intermunicipal e quando retornei no segundo semestre, estava Rolanda a 2ª divisão e Serrinha mim convidou, como  Goiabão que foi meu treinador assumiu o time de Serrinha ai eu aceitei, era um bom time e nós fizemos um exelente campanha, acho que em 8 partidas nós ganhamos 6, empatamos uma e perdemos uma e a final era Serrinha e Itabuna, mas a FBF apareceu sem ninguém protestar, dizendo que nosso time tinha colocado um jogador com 3 cartões ai Serrinha foi eliminado e foi uma tristeza para todo o grupo e a torcida da região, mas ali começou Carijé no profissionalismo que durou pouco, fui para o Colo Colo onde disputei o brasileiro da série C e no  ano seguinte iniciamos o baianão onde mim machuquei e passei 2003 para fazendo tratamento para voltar a jogar.

Como foi que aconteceu essa sua contusão que lhe tirou do profissional?
Foi um jogo no Joia da Princesa contra o Fluminense, a partida estava 1X1 e num lance do Flu eu subir junto com o goleiro e Osni de Santa Barbara e ele caiu em cima do meu joelho.

Jogo inesquecível?
A final do intermunicipal de 2005, pois Pojuca era um time muito bom e teve momento que achei que o título não iria ficar conosco, mas Deus reconheceu nosso esforço e nos premiou com aquele título.

Mágoas no futebol.
No futebol a gente conhece pessoas boas e ruim e se a gente fosse ter magoas iria colocar tantas e deixar o coração e mente poluída, então  a gente tem algumas decepções, mas mágoa não tenho dentro de mim não.


A Redação