Demitir o treinador continua sendo a saída mais usada pelos cartolas no futebol brasileiro. Completadas pouco mais de três semanas deste ano, 10 técnicos já foram demitidos, reforçando as estatísticas. A média de um treinador mandado embora a cada dois dias é assustadora. Ainda mais diante das histórias a seguir.
- Paulo Roberto foi demitido do Potyguar de Currais Novos-RN ainda na pré-temporada. A diretoria alegou que o “trabalho não estava encaixando”. Em jogos-treino contra times sub-20 do estado, ele conseguiu um empate diante do América e uma vitória sobre o ABC.
- Elenilson Silva ficou sabendo da sua saída do América de Propriá-SE através da imprensa. “O presidente mudou o planejamento e me substituiu. Só lamento não ter me avisado”, diz.
- Ex-atacante de Cruzeiro, Atlético-MG, Inter, Santos, entre muitos outros, Paulinho McLaren foi mandado embora do Capivariano-SP a 20 dias da estreia na Série A2 do Campeonato Paulista. “Não sei o motivo”, disse.
- No Estanciano-SE, Carlos Júnior sofreu demissão antes mesmo de comandar a equipe numa partida oficial. O mais bizarro foi a acusação do treinador. “Não cobrei os dias trabalhados, apenas o dinheiro que gastei na pousada e uns ventiladores que eles compraram no meu cartão”, disse. O presidente Beto Sergipano confirmou a dívida. O dirigente acabou não aguentando a pressão e deixou o clube. Eis que Carlos Júnior foi recontratado.
- Após duas derrotas e um empate, Edson Ferreira foi demitido do Paraíba de Cajazeiras-PB. “Demitimos toda a comissão técnica para tentarmos recomeçar enquanto ainda é cedo”, afirmou o gerente de futebol, Silva Baiano.
- Também com duas derrotas e um empate, Milton Fernandes caiu do comando do São Benedito-CE.
- Apesar do apelido famoso, Neto Maradona não resistiu e foi mandado embora do Nacional de Patos-PB com apenas uma vitória em quatro jogos. “A situação chegou a um ponto em que não havia mais alternativas”, explicou José Ivan, diretor de futebol.
- Quem também rodou foi Argeu dos Santos, no Tiradentes-CE. Com apenas uma vitória em quatro jogos, o presidente do clube tomou a decisão e foi sincero: “Essa prática (de demitir técnico) não deixa de existir no futebol”.
- O retrospecto de uma vitória em quatro jogos parece mesmo ser o limite. Foi com tal campanha, ainda no Ceará, que Alencar Mota acabou desligado do Guarany de Sobral.
- No Auto Esporte-PB, a vítima foi Denô Araújo, que venceu um jogo em cinco. “Ele sabia que a vida de treinador está atrelada a resultados”, espetou o presidente Manoel Demócrito. Do Pombo sem Asa